Dinheiro

Sindisaúde relata problemas na Santa Casa de Pelotas

Administração do hospital contesta algumas informações e diz que desajustes ocorrem em função do repasse do SUS, que está com a tabela defasada

Foto: Jô Folha - DP - Sindicato expõe reclamação dos servidores

Relatos de atraso no depósito do vale-alimentação e vale-transporte, além da falta de materiais para higiene pessoal de funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Pelotas têm mobilizado o Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Saúde de Pelotas (Sindisaúde). A direção e o setor jurídico do Sindisaúde estão reunidos para definir as medidas que podem ser adotadas, dentro da competência da entidade. Já administração do hospital explica que alguns atrasos ou falta de material podem ocorrer eventualmente, pois a maior parte dos recursos para essas despesas vem do Sistema Único de Saúde (SUS), que está com a tabela defasada.

Desde a fala de papel higiênico até a escassez de sabão e toalhas são relatados. O bônus mensal para alimentos que deveria ser depositado no último dia 20, entrou na conta de alguns, segundo informou a presidente Bianca D' Carla. "O vale-transporte é pago a conta gotas, e funcionários precisam se deslocar até a avenida Bento Gonçalves para saber se têm crédito", relatou. Na rede social do Sindisaúde, Bianca chamou a atenção para a realidade que os servidores enfrentam, que tiveram respaldo nos comentários até de ex-funcionários da casa. "Nós tivemos uma reunião com a Santa Casa que reconheceu a insalubridade de alguns setores, como a da Traumatologia", adiantou a sindicalista.

No mesmo encontro também foi levantado uma questão considerada grave pelo Sindicato, pois trata do atendimento médico dos colaboradores. "Se um funcionário passa mal no plantão, o médico do trabalho não atende. Além disso, o mesmo estaria usando a estrutura do hospital para fazer perícias médicas, uma vez que trabalha no INSS", relatou Bianca. A Santa Casa contesta estas informações e garante que todos os servidores passam por consultas quando estas são relacionadas ao trabalho.

O que diz a Santa Casa
Cerca de 80% do recurso que a Santa Casa recebe é oriundo de serviços prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, o caixa do hospital depende do repasse do Poder Público e, além disso, sofre pela tabela desatualizada de valores contratualizados. O fato do caixa do hospital depender, em grande parte, dessa fonte de recurso, faz com que eventuais atrasos e falta de materiais ocorram.

O hospital ressalta os seguintes pontos:
- Os salários estão em dia. Isso ocorre desde o ano 2020;
- O vale-alimentação foi pago no dia 28 (sexta-feira), apesar do pequeno atraso, todo esforço é realizado para sejam pagos dentro do mês;
- Os vales-transporte são pagos de acordo com a necessidade de cada funcionário, por isso, são creditados semanalmente.
- Funcionários que fazem plantão de 12 horas (turno da noite) recebem jantar em Buffet sem cobrança alguma. Esse modelo já tem sido aplicado há mais de um ano. Para funcionários que realizam os plantões diurnos de 6 horas de domingo a segunda, não existe a necessidade de fornecimento de refeições.
- O 13º do funcionário não está ameaçado. O trabalho de gestão da Santa Casa busca intensamente a captação de recursos para cumprir todos seus compromissos.
- Os médicos do trabalho atendem a todos os funcionários com problemas relacionados ao trabalho.
Mesmo frente a todas as dificuldades financeiras, o hospital tem buscado e entregado inúmeras soluções e alternativas para diminuir os déficits apresentados.

 


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